Pesquisa aponta percepção do brasileiro sobre uso da Inteligência Artificial

A Lambda3, empresa referência no setor tecnológico com foco em soluções digitais, divulga hoje, os resultados de uma pesquisa que teve como objetivo entender a percepção do brasileiro quando o assunto é Inteligência Artificial (IA).

O estudo se desenvolveu em duas fases: a primeira, em 2017 – ano em que o assunto passou a ter destaque com o lançamento do Watson no Brasil (Inteligência Artificial da IBM) e a apresentação de seus serviços cognitivos –, que apontou os insights iniciais sobre o entendimento dos usuários/cidadãos em relação ao tema; e no último trimestre que contemplou os meses de setembro, outubro e novembro de 2018, desta vez com o objetivo de entender o que mudou na visão da sociedade neste intervalo de tempo. Foram analisadas as respostas de 1.054 participantes de todo o país e de diferentes perfis profissionais.

De forma geral, os resultados apontaram uma crescente relação do brasileiro com Inteligência Artificial. As pessoas já utilizam alguns recursos no dia a dia, seja na forma de trabalho ou nos dispositivos portáteis, fato que estimula e facilita o relacionamento com o avanço tecnológico.

Quando questionados sobre as primeiras lembranças que remetem IA, os pesquisados associaram inicialmente as Redes Neurais (28% das menções), ou seja, modelos computacionais inspirados pelo sistema nervoso central do cérebro, capazes de realizar o aprendizado de máquina, bem como o reconhecimento de padrões. “A maior parte das pessoas sabe que as soluções baseadas em Inteligência Artificial simulam a capacidade humana de raciocinar, tomar decisões e resolver problemas”, contextualiza Diego Nogare, Chief Data Officer da Lambda3.

Os Robôs foram a segunda lembrança mais citada (26%). “Falamos aqui de um dispositivo automático [ou grupo de dispositivos] com conexão de realimentação entre sensores, capaz de realizar trabalhos de maneira autônoma ou pré-programada. Geralmente utilizados na realização de tarefas em linha de produção industrial, que dispensa ou não a ação humana, contribuem para o aumento da produtividade e da qualidade dos produtos, proporcionam melhorias na saúde e segurança do trabalhador, bem como redução do consumo de energia e de insumos”, explica Nogare.

Deep Learning – tecnologia utilizada em ferramentas como Google tradutor, reconhecimento de voz (transformação de voz em texto e em dispositivos), assistentes virtuais (como a Siri, da Apple) e reconhecimento de Imagem, utilizado para marcação automática de fotos nas redes sociais como Facebook, e etc. – foi a terceira lembrança que mais remeteu ao tema, com 10,5% das respostas.

A pesquisa também apontou que 7% das pessoas ainda associam esta questão com Ficção Científica. “Por mais que as soluções tecnológicas baseadas em Inteligência Artificial já sejam uma realidade, representadas em jogos, aplicativos de reconhecimento facial, de voz, de segurança, robôs, assistentes virtuais de dispositivos móveis, entre outros recursos, ainda existe quem a confunda com ficção científica, que é um gênero especulativo que se baseia em supostos feitos científicos ou técnicos que poderiam acontecer no futuro”, ressalta.

Em 2018, o estudo retratou o surgimento de um novo segmento de tecnologia como lembrança da população referente à IA, a Indústria 4.0. Passada a fase mais crítica da crise econômica vivenciada no país, as companhias começam a por em prática planos para se adequarem à Indústria 4.0, também conhecida como a Quarta Revolução Industrial, com o objetivo de se tornarem mais competitivas, com foco em otimização e redução de custos de produção. De acordo com Diego Nogare, “esta é a era tecnológica que reduz os limites entre as pessoas, mundos digitais e físicos. Permite que máquinas e seres humanos trabalhem de maneira colaborativa, promovendo a eficiência e minimizando a ociosidade e o desperdício”.

Ao responderem sobre a empresa mais lembrada ao pensar em Inteligência Artificial, nos dois anos os resultados se mantiveram os mesmos em posicionamento de ranking: Google aparece em primeiro lugar, seguido bem próximo de IBM em segundo, Microsoft, Amazon e Facebook, ocupando o terceiro, quarto e quinto lugar, respectivamente.

O estudo também analisou a aplicação das novas soluções digitais nos conceitos de Governança e Compliance, mas apenas 8% dos entrevistados considerou IA importante para prevenção de riscos e boa gestão. “Este resultado mostra uma falta de atenção às questões voltadas à privacidade dos dados de usuários”, afirma Nogare. A GDPR (General Data Protection Regulation) entrou em vigor no dia 25 de maio de 2018 em toda União Europeia. No Brasil, a lei 13.709, que diz respeito à LGPD (Lei Geral de Proteção a Dados) foi sancionada em 14 de agosto deste ano e dispõe de um prazo de 18 meses para que todas as empresas se adequem. “Esta legislação tem impacto direto nas questões de todas as empresas, principalmente na área de Governança e Compliance”, conclui.

Outros insights estão disponíveis no e-book produzido especificamente para a pesquisa. Nele também é possível acessar à íntegra da análise dos dados, através do dashboard da Lambda3.

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Vanda Ferreira