Minha namorada e eu estamos nos planejando de ir assistir o show da Madonna no fim do ano. Até aí, tudo bem. O que isso tem a ver com um blog que fala de tecnologia? Nada, se ao chegar no site da empresa que está vendendo os ingressos eu conseguisse, na verdade, comprar um ingresso. Ao chegar no site, vejam o que eu encontro:

Site da ticket for fun, em 03/09/2008

Será que esses caras tem a menor idéia do que é o conceito de Load Balance? Como uma empresa se propõe a vender ingressos para um show sem se preparar com a infra-estrutura adequada? Porque gastamos anos inventando a distribuição de carga, para me deparar, no que deve ser um dos maiores (senão o maior) shows do ano, com uma tela onde eu tenho que selecionar o servidor que quero usar? Já imaginaram as pessoas que não são familiarizados com tecnologia?

– “Selecionar um dos servidores… o que será isso?”, devem pensar.

Não bastasse isso, ao selecionar qualquer um dos servidores vejam o resultado:

Resultado ao clicar em um dos servidores

Ou seja, é impossível comprar um ingresso. Lamentável. Está aí um bom exemplo do que não fazer com um site público. O produtor do show da Madonna no Brasil não deve saber nem o que comeu ontem. Se o site está assim, já imaginaram como vai estar o show?

Selecionar um servidor… deve ser piada…

Update: Tiraram a página com os 25 servidores do ar hoje, em 04/set. “Visando melhor atendê-lo, nosso site estará temporariamente em manutenção”. Agora não dá mais para comprar online… É bom eles arrumarem logo, ou todo mundo vai comprar direto no local, e a comissão deles vai pro vinagre (junto com o emprego de alguém, é claro).

Giovanni Bassi

Arquiteto e desenvolvedor, agilista, escalador, provocador. É fundador e CSA da Lambda3. Programa porque gosta. Acredita que pessoas autogerenciadas funcionam melhor e por acreditar que heterarquia é mais eficiente que hierarquia. Foi reconhecido Microsoft MVP há mais de dez anos, dos mais de vinte que atua no mercado. Já palestrou sobre .NET, Rust, microsserviços, JavaScript, TypeScript, Ruby, Node.js, Frontend e Backend, Agile, etc, no Brasil, e no exterior. Liderou grupos de usuários em assuntos como arquitetura de software, Docker, e .NET.