Na semana passada estive em Washington para participar pela primeira vez do Agile2015, maior evento mundial de Métodos Ágeis. Mais de 2300 pessoas juntas para 1 semana de palestras, bootcamps, coach clinics e openspaces. Foi uma baita oportunidade de estar no evento com poucos compromissos com outras atividades (como normalmente acontece nos eventos brasileiros), e aproveitar o evento de forma tranquila, sem pressa.

É claro que não foi bem assim, e acabamos trabalhando durante o evento. Faz parte.

Além de participar da conferência, houve também a apresentação do resultado da votação para o Board de Diretores da Agile Alliance. Foi muito bacana ouvir que 94% dos membros votantes apoiaram a escolha dos três novos membros do Board (eu incluso!). A princípio, não houve muito trabalho do board durante o evento, já que a intenção é aproveitar o evento, e ter um espaço para interagir com a comunidade presente. Ótima chance de conhecer o pessoal com quem vou trabalhar.

Material Agile 2015

Ainda assim, proveitei para participar do Face-to-Face do Board da Agile Alliance Brasil, um grupo de amigos de longa data, que estou conhecendo a atuação agora, e estou pronto a ajudar. Foram inúmeras conversas ao redor da atuação e o funcionamento da instituição.

Sobre o Evento

São 300 sessões em 1 semana!! isso sem contar com openspaces e ações emergentes nos dias do evento. É muito conteúdo. Meu foco foi ir atrás de alguns assuntos que tem me interessado (como Program Management e Enterprise Agility), e ver palestras de alguns autores conhecidos (Linda Rising FTW!).

Optei por lotar a agenda, e entrar no máximo de palestras possíveis. Foi legal ver os amigos Caio e Manoel mandando ver, falando sobre Learning 3.0 – e depois encontrar pessoas conhecidas se perguntando: “who are those people? This is awesome!” – Para mim é a prova que não há porque se apavorar – submeta sua palestra palestra para o próximo Agile2016 (em Atlanta). Temos muito a contribuir com a comunidade mundial de Software.

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Keynotes

Awesome SuperProblems

O primeiro keynote do evento, e que mais me chamou a atenção, foi Luke Hohmann, falando sobre sua experiência como Game Designer e Agilista, através da empresa InnovationGames.Na visão de Luke, já estamos há anos ajudando times a resolver problemas complexos através de dinâmicas que visam a colaboração e o compartilhamento das informações. Como agilistas, será mesmo que estamos no limite de nossa capacidade?

Seria possível utilizar todo em conhecimento em facilitação, multidisciplinariedade e colaboração para resolver problemas realmente complexos?

E se nossas dinâmicas fossem também utilizadas em ambientes que há anos sofrem para encontrar novas idéias ou engajar sua comunidade em ações que realmente importam?

Seria possível Agile mudar o mundo?

Com essas perguntas na cabeça, muita disposição e uma BAITA iniciativa, surgiu a ong Every Voice Engaged, cuja função é auxiliar cidadãos, governos e comunidades na busca por soluções que não são possíveis sem o engajamento cívico. MUITO BOM!
Uma das iniciativas apresentada foi a facilitação feita junto à Prefeitura de San José para a definição do Orçamento da Cidade. No segundo ano do processo (a grosso modo, uma rodada simples sessão de priorização de backlog), 80% das recomendações feitas pela comunidade foram incorporadas ao planejamento orçamentário da cidade.

Se pudéssemos unir nosso conhecimento com a facilitação de times, e o conhecimento de sistemas complexos adaptativos, quem sabe poderíamos auxiliar muito mais do a decisão de qual feature entregar primeiro. O que mais poderíamos mudar no mundo?

Individuals, Interactions and Improvisation

Jessie Shternshus, da empresa Improv Effect, apresentou um pouco de suas percepções sobre como técnicas de Improvisação se alinham perfeitamente ao mindset Agil, e como tirar proveito de técnicas para ampliar a colaboração entre as pessoas e de que maneira podemos nos valer de ótimos exercícios para quebrar o gelo e ajudar os times.

Inclusive ela apresentou um quadro interessante sobre o alinhamento.

Ótima palestra!

Want Better Collaboration? Don’t be so Defensive!

James Tamm, autor do livro Radical Collaboration, iniciou sua palestra falando sobre o problema em sistemas em que existe competição interna, e de que forma esta característica destrói a capacidade destes sistemas competirem com o mundo externo.

Comparativamente, foram estabelecidas características entre empresas com alta competitividade interna (ambiente em que funcionários competem entre si) e ambiente de alta colaboração.

Durante 10 anos acompanhando estes dois tipos de empresa, adivinha os resultados de empresas colaborativas:

A principal característica de ambientes pouco colaborativos, é que seus indivíduos estão constantemente em estado defensivo. A proposta do James é para que nós mesmos identifiquemos posturas defensivas em nossas atitudes. Para tal, ele propões alguns exercícios de auto conhecimento. Muito bacana!

Bem, com a palavra o próprio James Tamm:

Palestras

Estive envolvido em várias palestras, no próximo post vou apresentar um pouco do que assisti e as que mais me chamaram a atenção. É muito conteúdo, e ainda estou organizando minhas anotações 🙂

Fiesta!

Pra aliviar o stress da semana “cansativa” do evento, fextenha!! Com o tema de SuperHeroes, foi no mínimo divertido 😀

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Pra finalizar, ainda houve a divulgação do Resultado da votação para Board da Agile Alliance Global e, com 94% de aprovação, os três candidatos do slate foram aprovados como novos membros do board. Rebecca, Paul e Eu nos juntaremos ao board entre os anos de 2016 e 2018.

Belo evento 😀

Victor Hugo Germano

CEO da Lambda3