A Microsoft costuma dar codinomes para seus produtos antes da versão final. Foi assim com o WCF, a.k.a. “Indigo”, WPF, a.k.a. “Avalon”, e ADO.Net Data Services, a.k.a. “Astoria”. Há dezenas de outros casos. O “Velocity”, framework de cache da Microsoft parece que vai se chamar “Microsoft Distributed Cache”, ou algo parecido.

Sinceramente, “Velocity” é bem melhor que “Microsoft Distributed Cache”, assim como “Indigo” era melhor que “Windows Communication Foundation”. O Velocity deve acabar sendo chamado por alguma abreviação, tipo “MDC”, o que é ainda pior. “Velocity” passa um conceito tão legal, porque trocar? Realmente não entendo qual o objetivo do time de Marketing, que deve nomear estes produtos. Talvez seja para deixar o produto com um nome mais sério, para ficar mais atrativo aos tomadores de decisão. Será que o nome (somente o nome, esqueçam o produto) “Visual Studio” tem mais seriedade e peso que “Eclipse”? Será que o mercado é tão conservador que vê nomes mais dinâmicos e menos didáticos, como Indigo, como algo superficial?

O engraçado é que para sistemas operacionais eles ainda usam nomes mais bonitos. “Vista” e “XP” são nomes bem legais. “WIndows 7” já não é tanto… será que vai durar até o lançamento?

Eu acho que o caso mais interessante é o caso do search. “Google” é uma palavra tão simples, que até verbo está virando. Começou primeiro nos países de lingua inglesa. “Let me google it”, ou “Deixa eu dar uma googlada” (em português fica ruim). Agora, com “Live Search” não fica bom. “Let me live search it”. Ninguém vai dizer isso. Em português isso sequer tem tradução.

Alguém dá um toque para esse pessoal do marketing…

Giovanni Bassi

Arquiteto e desenvolvedor, agilista, escalador, provocador. É fundador e CSA da Lambda3. Programa porque gosta. Acredita que pessoas autogerenciadas funcionam melhor e por acreditar que heterarquia é mais eficiente que hierarquia. Foi reconhecido Microsoft MVP há mais de dez anos, dos mais de vinte que atua no mercado. Já palestrou sobre .NET, Rust, microsserviços, JavaScript, TypeScript, Ruby, Node.js, Frontend e Backend, Agile, etc, no Brasil, e no exterior. Liderou grupos de usuários em assuntos como arquitetura de software, Docker, e .NET.